
ROTEIRO CURTO DE "TRUE CRIME" :
Maldição de Superman - O Domínio do Sol
Vencedor do prêmio de melhor roteiro 2024 no Festival Online de Novelas, Filmes e Roteiros Neo Noir de Los Angeles CA.
Vencedor do prêmio de melhor roteiro de fevereiro de 2025 no Festival de Terror de Sangue de Hollywood Los Angeles CA.
Título: O Domínio do Sol
Ato 1: O Destino Inocente
Cena de Abertura:
A tela é escura, apenas o som de uma velha câmera fotográfica ressoando. Um flash ilumina brevemente a cena: um jovem está sentado em um cavalo de carrossel em um parque abandonado, em 1979. Ele sorri, despreocupado, usando um tênis vermelho e azul da Superman. Ao seu lado, repousa uma caveira de plástico, aparentemente inofensiva. O cenário é ensolarado, inocente. A câmera se afasta lentamente, revelando que o carrossel gira sozinho, lentamente.
Voz em off (narrador):
"Há um tempo em que somos inocentes. Quando a vida parece ser um jogo, onde as coincidências não passam de caprichos do destino... até que um evento nos marca para sempre."
Transição:
Corta para imagens rápidas de uma manchete de jornal: “Christopher Reeve sofre acidente trágico ao cair de um cavalo.” Fotos de Reeve como Superman aparecem. O som de um cavalo galopando ao fundo.
Voz em off:
"Coincidências podem se transformar em maldições. E o que parecia ser uma foto qualquer, de repente carrega o peso de uma tragédia."
Ato 2: A Culpabilidade
Cena:
Décadas depois, o protagonista agora veste o uniforme do Flamengo e está preso dentro de uma jaula. Ao seu redor, leões de pelúcia estão espalhados. A iluminação é fria, com sombras duras projetadas nas barras da jaula. A câmera se aproxima lentamente de seu rosto, que está marcado por arrependimento e dúvida. Ele segura a mesma foto tirada no carrossel.
Voz em off:
"Nos tornamos prisioneiros de nossas próprias criações. Uma imagem, uma decisão, pode nos condenar de formas que nunca imaginamos."
O protagonista olha fixamente para os leões de pelúcia — símbolos da força agora domesticada, da falsa proteção. O uniforme do Flamengo, vermelho e preto, carrega o contraste visual da culpa e da paixão.
Diálogo interno (narrador):
"A queda de um homem. Não do cavalo, mas da alma. Como Ícaro, cheguei perto demais do sol..."
Flashbacks rápidos:
O acidente de Reeve, o cavalo caindo, manchetes de jornais. O protagonista se vê refletido na tragédia do ator, como se fosse de alguma forma responsável.
Ato 3: A Redenção ou a Maldição?
Cena:
A jaula começa a se desfazer, mas o protagonista não escapa. Ele caminha por um corredor escuro, iluminado apenas por pequenos flashes, como se estivesse cercado por câmeras antigas. As sombras das barras da jaula ainda o perseguem, como um fantasma invisível que ele não consegue deixar para trás.
Voz em off:
"O passado nos persegue. Mesmo quando tentamos fugir, as memórias nos prendem. Podemos nos libertar? Ou somos para sempre reféns do que criamos?"
Ao final do corredor, ele chega a um grande espelho. Quando olha para o próprio reflexo, ele vê Reeve vestido como Superman ao seu lado. A figura de Reeve sorri tristemente, como se soubesse que ambos estão presos em suas tragédias pessoais, conectados para sempre. O protagonista tenta tocar o reflexo, mas a imagem se dissolve.
Cena Final:
Ele está de volta ao carrossel, agora em ruínas, coberto por sombras. A caveira está onde ele a deixou, mas desta vez, o cavalo de carrossel está caído, como se tivesse tombado. O protagonista observa em silêncio, com a câmera girando em torno dele. Deixando apenas um som distante de vento e o barulho de um cavalo troteando ao longe.
De repente, um brilho intenso surge no horizonte. A terra treme levemente e sombras colossais se projetam contra o céu. O protagonista ergue os olhos e vê, ao longe, um Gigante emergindo, sua silhueta monumental banhada pela luz do sol nascente. Ele observa, assombrado, o renascimento de algo muito maior do que ele, que simboliza si próprio, ele vem diminuindo de tamanho e fica diante de Aldebaran, e diz o nome:
Pazuzu,
Aldebaran não teme pois sabe que trata-se da parte de sua colega americana, a advogada Dra.Linda Blair, e assim sendo o espírito adentra a seu corpo substituindo sua alma, uma reencarnação já obsoleta e inútil, fazendo-o ressucitar em vida e tornando-o ainda mais poderoso.
Voz em off (última frase):
"Às vezes, não somos heróis, nem vilões. Apenas espectadores da mágica da vida... e do surgimento de algo maior."
Temas e Símbolos:
O Gigante: Representa a continuidade da tragédia e redenção, a ascensão além da culpa e da maldição.
O cavalo: Simboliza tanto a inocência (no carrossel) quanto a tragédia (a queda de Reeve).
A jaula: Representa a prisão psicológica e a culpa do protagonista por algo que ele não pode controlar.
Leões de pelúcia: Ícones de força que, ao serem de pelúcia, refletem a perda de poder ou controle do destino.
O reflexo de Reeve/Superman: O laço inquebrável entre o destino do protagonista e o do ator. Ambos são vítimas de uma tragédia inevitável, presos em suas próprias narrativas.
Fotos que fundamentam o roteiro: